Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje

A sensação coletiva de que a vida está mais corrida e confusa não é mera impressão. Muito pelo contrário: é bem real.

A vida tranquila das gerações anteriores não existe mais, salvo raras exceções.

Fico imaginando o que as gerações que estavam na meia-idade nas décadas de 1950 pensariam sobre os cada vez mais populares cursos de Gerenciamento de Tempo.

Talvez vissem como algo absurdo, improvável de ser comercializado ou interpretariam a situação como decadente em relação a rotina com a qual estavam acostumados.

 

No meu tempo não era assim

Muitas vezes você já deve ter ouvido frases como essa.

Apesar das grandes diferenças entre nós e eles, uma coisa é certa: a procrastinação continua tão firme e forte em nossos dias como foi para eles.

A questão é que eles tinham mais tempo para os pequenos reparos e tarefas pontuais do cotidiano.

 


 

Embora os objetos sejam outros, a quantidade de bens que as pessoas geralmente possuem não é pouca.

Assim como as gerações anteriores, continuamos com o hábito de acumular coisas que muito provavelmente não serão mais utilizadas.

Além do trabalho, quanto tempo não é gasto para limpar e organizar objetos que um dia já foram úteis para nós, mas que hoje não são mais?

Menos objetos para organizar significa mais tempo para outras coisas mais importantes.

Se pensarmos no tempo como um recurso escasso, não retornável e como o recurso mais valioso que possuímos, com o que será que vale mais a pena gastá-lo?

 

Dê o primeiro passo

Não adianta apenas imaginar uma casa ou uma vida organizada e parar por aí.

Sem ação, nenhuma intenção tem valor.

Geralmente, devido a própria cultura e hábitos aprendidos, somos mestres em deixar para depois o que deveria ser feito hoje.

Se pensarmos de forma racional, parece até ilógico agirmos assim de forma consciente.

Jogamos para debaixo do tapete o que deveria ser feito hoje e ignoramos o fato de que as tarefas de hoje se somarão às de ontem e todas estarão pendentes amanhã.

Considerando que o amanhã também possui suas próprias demandas e imprevistos, consegue imaginar o tamanho do problema futuro?

 

A regra dos 2 minutos

Para diminuir a quantidade de pendências (primeiro as importantes e depois as irrelevantes), a regra dos 2 minutos pode ser muito útil.

Essa é uma regra muito simples.

O ideal é utilizá-la, se possível, no momento em que a tarefa aparecer.

Se não for possível, procure executá-la na primeira oportunidade, para que não se some às outras já pendentes.

Veja alguns exemplos:

– Pagar contas online.

– Responder e-mails ou mensagens mais simples.

– Pregar um botão em uma roupa.

– Tirar o mato que está crescendo em um vaso pequeno.

 

E as tarefas que precisam de mais tempo?

Procure executá-las do início ao fim se for possível, pois dessa forma, ao terminá-las, sua mente e seu tempo estarão prontos e liberados para outras demandas.

Além disso, finalizar a tarefa proporciona uma sensação de bem-estar, que acaba sendo um bom combustível para a motivação, que por sua vez acaba também alimentando a formação de bons hábitos no sentido de evitar a procrastinação.

Alguns exemplos de tarefas importantes que precisam de um pouco mais de tempo – e talvez também de um pouco mais de motivação:

– Terminar um curso online.

– Terminar uma planilha.

– Ter momentos diários de meditação, oração e gratidão.

– Fazer o balanceamento de sua carteira de investimentos.

– Terminar a leitura de livros que considera importantes.

– Fazer uma cópia reserva de uma chave.

– Pesquisar sobre algo de seu interesse e encontrar meios de colocar em prática, como exercícios físicos, alimentação saudável, etc.

– Fazer uma limpeza e organizar os seus arquivos no computador ou na nuvem.

Enfim, cada um tem sua lista pessoal de tarefas que sabe que precisam ser feitas, mas que foram deixadas indefinidamente para um depois que ainda não chegou, mas que pode chegar em breve se a pessoa estiver disposta a parar com o terrível hábito da procrastinação.

 



 

A lista do amanhã precisa ficar cada vez menor. Apenas com as demandas do amanhã, que a propósito, também não serão poucas.

”Amanhã eu cuido disso” era algo que funcionava melhor para as gerações anteriores, pois o tempo livre era maior.

Hoje, não temos mais tanto tempo assim.

Por isso, a melhor coisa a fazer é não deixar para amanhã o que precisamos, podemos ou devemos fazer hoje. 

 

Créditos das imagens: Gordon JohnsonRitaE – Pixabay

 

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